domingo, 30 de janeiro de 2011

Agridoce

Nunca foi novidade pra ninguém que tudo o que eu sonho, que eu vivo, que eu enfim escrevo, tem uma trilha sonora. Mas nas últimas semanas um novo som está me encantando...
A esta inspiração contínua, dá-se o título "Agridoce". Um projeto da Pitty que vem me dando muito o que escrever... Olhe, queridíssima Pitty, peço perdão pelo afastamento. Confesso que a algum tempo já não ouvia suas músicas com tanto afinco como antigamente, apesar de nunca deixar de admirar o rock inteligentíssimo que você e seus companheiros de estrada fazem.
Acontece que o projeto me foi apresentado numa certa noite (Janaína, mais algo pra eu ficar te devendo, não é? Sua pessoa igualmente inspiradora!). Comecei com os acordes em francês de 'Ne Parle Pas' e de cara me encantei. Os leitores ávidos daqui sabem da minha fixação pour tout ce qui est le français.
Mas enfim, acho melhor usar as palavras desta pessoa que tanto me surpreende pelas belezas enrustidas e camufladas em delicadezas brutas. Faço das palavras de Pitty e Martin as minhas próprias:

"E de repente era um dia de chuva. As nuvens no céu, e a gente ouvindo Nick Drake e pensando: "também quero". Nasceu o esboço, o violão dedilhado, o piano minimalista, as letras ora lúdicas e fofas, ora pesadas e melancólicas. Agridoce.
Brincávamos chamando de 'fofolk': folk fofo. Mas nem sempre. Melodias suaves aos ouvidos, mas letras nem sempre leves ao coração."


Mas enfim, o que vai ser o meu Projeto Agridoce? Pois bem, como acabei de expressar é algo que me inspirou muito. Até agora foram lançadas sete músicas e espero que venham muitas mais. Então, essas sete serão os temas de sete posts sequentes a esse. Uma história independente em cima da temática das músicas.  Seja Dançando, escrevendo Epílogos e Finais, me desejando um B. Day atrasado, cantando uma Música de Natal fora de época, fingindo que sou Romeu,  ou repetindo que 'não falo' em francês próprio na frente do espelho... Então, dê 20 passos até aqui e compartilhe junto a mim esses poemas e contos densos tão Agridoces em nossas bocas.


É isso. Agridoce é mais que música. Agridoce é poesia, é cotidiano, é razão contida... É enfim, o que eu e muitas pessoas expressam nos mínimos traços de arte. Só tenho a agradecer a vocês Pitty e Martin! E que venham mais músicas!




P.S.: Quando crescer quero ser que nem você, Martin! ^^

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sem você...

Há rostos de verdade que iluminaram minhas fábulas... Rostos
que eu nunca mais vi, mas continuaram a me vigiar a partir.
Naquela tarde quente do dia vinte e sete de janeiro de dois mil e dez, eu nunca pensei que receberia aquela notícia.
Não com você tão vital em minha mente, não com os rumores que chegavam da sua melhora, não com as coisas boas que vinham na minha mente todas as vezes que eu lembrava de você, do seu sorriso, da sua forma meiga de segurar minha mão e dizer baixinho que sentia orgulho de mim...
Eu poderia estar triste... Eu poderia estar absurdamente triste. Mas não consigo, pois tenho uma certeza muito boa e revigorante todas as vezes que fecho os meus olhos e me imagino te abraçando, festejando com você as tardes livres com sorvete e tapioca com leite condensado ou vendendo chiclete pela escola, o que é claro, nos rendia boas e gostosas risadas.
A forma como você me tratou, acima de todo e qualquer dogma que poderia nos manter longe. Você segurou minha mão e disse que me achava o máximo... Na verdade, eu que  me sentia o máximo por simplesmente estar ao seu lado, por estar com você por preciosos momentos.
Ah, Jordana... Meu eterno Borrão de Jóias... Como é difícil as vezes conviver com a sua ausência, conviver com a lacuna deixada pela sua partida. E as vezes eu sinto você me dando seus conselhos e quase me sinto completo... Ouço sua voz, mas não posso abraçá-la, não posso sentir o aroma de seus cabelos dourados. Posso fechar os olhos e imaginar, mas não, nunca será a mesma coisa.
Mas você sabe de seu legado, sabe que sou exatamente aquilo que você me fez ser... Como você mesma dizia: Seu Milagre Pessoal. E eu queria poder ter contribuído antes, ter mostrado o que verdadeiramente aprendi com sua presença. Talvez você tenha entendido pelos meus abraços, pelas minhas palavras cortadas, pelos olhares que queriam dizer bem mais do que um simples: Te Amo. 
Eles queriam dizer que você me salvou, queriam revelar o que você me mostrou, o que você enfim fez de mim. Mas hoje eu consigo me abster de toda a dor, hoje eu consigo observar tudo com uma serenidade extrema. E sabe JÔô... Só ao tomarmos consciência da finitude podemos olhar a Lua com assombro, viver a poesia e nos reconfortarmos verdadeiramente nos braços do Pai. Pode parecer contraditório, mas precisamos saber como somos pequeninos diante de tudo o que Deus criou para compreendermos como é grandioso estar vivo e não cair na verdadeira tragédia: passar a vida à toa, não buscar o amor de Deus, fechar-se para a felicidade.
Jordana mudou a minha vida para sempre... 

Me salvou de todas as formas que uma pessoa pode ser salva. E espero um dia  conseguir retribuir isso a altura. Eu prometo.

TE AMAREI PARA SEMPRE, MEU BORRÃO DE JÓIAS!

Ao som de "Angel", Sarah McLachlan.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Os Silêncios e os Motivos

Naquele dia levantara apreensivo. Já sentia as palavras poucas em sua boca e em sua mente. Levantara afim de ficar um pouco longe de tudo. Estava precisando fazer uma visita ao seu mundo. Assim passaria o dia como uma figura tênue, flutuando acima de ações, palavras ou qualquer outra coisa que o pudesse aborrecer. Selou as pálpebras por um doce instante. Atrás delas ou de qualquer outro sussurro estava o Seu Mundo...
E retirou-se.
Da última vez que estivera ali lamentara a destruição do lugar, ficara triste e não conseguiu conter as lágrimas. Afinal, era o seu mundo que estava destruído, puído e esquecido. Mas agora estava satisfeito com a paz que o lugar tinha conseguido resgatar. A música tocava novamente, o jardim florescia de novo, havia vida nos bosques e nenhuma sombra pairava por ali, vindo sussurrar coisas que não quisesse ouvir, que não quisesse por desventura lembrar.
Adentrou a Cabana Além da Lenda, olhou em volta. Manuela não estava, porém tudo estava bem. O cheiro de livros pairava, como de seu gosto, achas de madeira ardiam no fogo aconchegante e tremeluzente na lareira. Lá fora estava uma noite enluarada, mas o lugar o chamava para um bom descanço. Aconchegou-se a velha poltrona, dispensou os livros ao menos por aquele instante. Quis dormir um sono quieto, mas não foi assim. Empertigou-se, assustou-se e num sobressalto abriu os olhos antes de ver algo que não queria ver. Olhou pela janela, viu o círculo em volta da Lua e inevitavelmente pensou que havia algum problema por perto.
Acendeu o candeeiro próximo e ficou pensando no que poderia vir a acontecer. Pela sua mente correram diversos fatos, diversas coisas que estivera passando nos últimos tempos. Há algum tempo não parava para pensar... Estava optando por fazer muitas coisas para que não pensasse em algo que o entristecesse. Lembrara de certo pacto, de um certo silêncio que estava escondendo logo abaixo de seu travesseiro. E calou sua própria mente com força. Não queria, nem podia lembrar daquilo.
Mas algo o incomodava, algo o chamava, sussurrava. E ele sabia que aquilo estava perto,que se movimentava lenta e estranhamente pela sua memória. Sentiu frio, medo até. Curvou-se para apanhar o cobertor e então algo reluziu um pouco ao lado, escondido pela fuligem da lareira. Era um velho papel, amarelado, um pouco chamuscado, mas ainda mantendo as mesmas letras vivas e prateadas que já há algum tempo ele mesmo havia escrito. E então leu, mas baixinho, para que a magia do momento não se perdesse:

"Um dia desses eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar."

Sua primeira reação foi fechar o punho com força e lançar com desprezo o papel nas chamas, que chiou, contorceu-se e desfez-se em cinzas. Aquilo doeu-lhe um pouco. Naquele momento ele ouviu passos, leves, mágicos, élficos. Já sabia quem era. Mas deixou que ela enfim falasse:

- Já não lhe pedi para que você não haja como um surdo? 
Ela indagou com sutil reprovação e uma nova atenção em seu tom, como se estivesse preparada para qualquer coisa que porventura pudesse acontecer. Não sabia, mas também sentia uma preocupação latente, algo que se movia cristalino e salgado e que se espalhavam pelas pálpebras dele.
- Eu precisava, Manuela, precisava ir embora, precisava esquecer.
- Mas ainda assim se lembra com todas as suas forças, com todos os seus pesares. Os de ontem e os de hoje.
Ele apenas se curvou, e deitou-se como sempre fazia para ouvi-la.
- Eu quero ver. Quero acabar com isso, quero que tudo seja logo arrancado de uma vez.
- Você sabe o que está fazendo?
- Você sabe que eu ouvi os rumores, sabe que de onde vim há sempre palavras pesarosas que grudam nos outros. Nada vai ser surpresa para mim.
- Confesso que concordo com você, confesso que também queria que você não ouvisse. Calar-se é uma arte possível, mas deixar de ouvir...
- Mostre-me. - Ele a interrompeu.

Ela simplesmente segurou sua mão e ele encolheu-se de dor, sentiu um arrepio e devolveu com força o aperto de mão. E então ele ouviu risos, viu dias ensolarados, música e sentiu um cheiro tão doce que o fez nausear. Via tudo de longe, como se fosse algo tênue, como se fosse um pedaço do passado. Mas no meio de tudo aquilo, mesmo com uma dor lancinante em seu coração, não estava triste. Entendia agora. Nada daquilo era seu e não adiantava forçar. O seu tempo de silêncio gritava agora, chorava, rangia os dentes de ódio. Mas ele simplesmente deu as costas a ele. Poderia sentar-se e desesperar-se, mas via apenas as respostas para muito do que havia perguntado, para muitos de seus medos e receios. Sentiu algo formigar abaixo de seus pés. Foi então que percebeu que pisava em cristais. 
Se tentasse correr, se cortaria profundamente. Entendeu mais uma vez... Correr atrás daquilo era procurar a própria morte. Mas ainda tinha dúvidas do porque não doía olhar para aquilo tudo. E então lembrou-se de algo, de um certo pacto, de um certo alguém que em algum lugar longe dali, selara-se junto a ele nas mesmas convicções. A força vinha de ambos e os ajudava agora. E então fechou os olhos. Não precisava mais ver aquilo.
Apenas abriu-os novamente quando sentiu o peso da mão de Manuela nas suas. Sentou-se quieto, ainda sentia os pés formigarem. Olhou-a nos olhos. Nada disse. Ela então adiantou-se:
- Desta vez, até eu permito que faça...


E então chorou. Chorou por tudo o que foram. Por tudo o que não conseguiram ser. Por tudo o que se perdeu. Por terem se perdido. Pelo que queriam que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas. Versos brancos. Chorou pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Dele. Dela. Culpa de ambos. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois hoje já é outro dia. Chorou.


Levantou-se um pouco cambaleante e com a visão embaçada. Disse pra que ela não o ajudasse, voltaria sozinho para casa. Aprontou os pés na estrada. Se pôs a caminhar sob Lua e vento. Poderia estar triste naquele instante. Mas estava em paz, estava sorrindo e não se cortara correndo atrás de algo perdido. Estava orgulhoso. E mais uma vez apenas olhou ao redor, sentiu, aspirou... Não chorou. Sorriu sereno. "O que é certo virá na hora certa."



Ao som de "Fields Of Innocence", Evanescence.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Do que a gente vai precisando...

Gostava tanto de dias chuvosos que apenas aproximava-se do metal frio da janela para sentir o frescor nevoento que chegava até suas mãos. A manhã molhada alegrava-o, levantava cantando com as mais belas músicas na mente, com solos de violino e violoncelo, saudando a graça das gotas dançantes que se penduravam no candeeiro de sonhos que balançava preguiçosamente na varanda de amores.
E pisava como os elfos, para não fazer balbúrdia e não espantar a calmaria do céu frio que dormia em aconchegantes nuvens arroxeadas e pesadas. A fumaça do incenso dançava entre os furinhos da rica caixinha talhada que ganhara no último aniversário.
Dança pela casa, ouve o gotejar, o tamborilar gelado que vai correndo. Molha os pés mesmo debaixo de reprovação da mãe, com suas diversas histórias de "mortes por choques térmicos". O pijama não é mais que uma calça surrada e uma camiseta velha, surrada e tie die. Mas em manhãs assim ele se via no espelho com a mais bela calça e com a camiseta do mais fino tecido, como se lhe tivesse sido entregue por fadas tecedeiras e amigas. Cheirava a lençol limpo, mas agora molhava as mãos para lavar o rosto com perfume do céu. Prefiria chamar de Chuva. Sim, bonito nome... Cadente, cheio de brisas e frescor. Gostava da desenvoltura do líquido entre seus dedos. Dançava, escorria e fixava-se nos pêlos lisos de seu braço para enfim repousar no pulso como desenho cristalino.
E então fechava os olhos... Sentia o cheiro dos cabelos de alguém, ouvia os passos leves girarem na grama, ouvia doces poemas recitados. Ele gostava de ser diferente com ele. Não o repreendia. Deitava na grama, brincava com as voltas que os seus cabelos davam, beijava-lhe a testa, chamava-o de Fauno. O fazia feliz. Seus olhos brilhavam com as guirlandas que ele lhe fazia... Rosas-meninas, algumas folhas e ramas de um arbusto delicado que exalava quase o mesmo cheiro campestre dos cabelos acobreados que o pertenciam, reluzindo sob a luz empalidecida do céu pós-chuva.
E ele lhe trançava os dedos, e ligava os pequeninos sinais de seu braço formando constelações inexistentes. Ele o sentia, ele o via e não... Pelo tempo de espera não seria mais um Sonho de Uma Noite de Verão. As árvores o diziam, os pássaros o cantavam, os cristais o refletiam, a águas lhe murmuravam. 
Pegara o vento emprestado dia desses, dera uma volta, pensou tê-lo visto correr entre anjos, entre fadas, entre algo mágico. O viu por ali, tão perto e tão longe... E repetiu para si mesmo enquanto as gotas caíam com mais força: "Sim, eu tenho a permissão de escutar a melodia do inverno, de sonhar entre os campos do Meu Mundo, de vê-lo e esperá-lo sem razão, sem medo, sem receio." 
Apenas olhou ao redor, sentiu, aspirou... Não chorou. Sorriu sereno. "Ele virá."


Ao som de "Her Morning Elegance" - Oren Lavie

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

As Primeiras Belezas

"Esse ano começou lindo para nós, pela chuva, pelos encontros que estão acontecendo."

Faço das palavras de Janaína, minha tão sábia companheira, as minhas... Sabe quando você está satisfeitíssimo com certas coisas? Quando mesmo que alguma coisa dê errado, há um otimismo oportuno que paira e gruda na gente?
Não sei... Os dias estão mais belos, meus sorrisos andam mais fáceis, há uma aurora permanente. De um certo modo, aquilo que um dia me partiu correu mundo afora, como que com medo dessa luz abobadada pelos vitrais da casa da minha alma.
E sendo assim, não sinto mais demora pra me sentir. Quero curtir esse momento tão sem fim, tão melhor, tão maior sobre mim, só resta a mim cantar porque enfim, sinto-me livre. Tão livre pra ser o que sou...
Mas, não sou mais tão criança a ponto de saber tudo. Essas novas decisões não são cegas. São frutos de um amadurecimento esperado há muito tempo. Tão correto e tão bonito... Concluo assim que  o Infinito é realmente um dos Deuses mais lindos! Sei que ás vezes uso palavras repetidas mas, me digam, quais são as palavras que nunca são ditas?
Dito isto, agora transcrevo um poema meu, escrito há um ano e pouco atrás:
Andaram procurando por você,
Andaram chorando por você,
Andaram lembrando de você...
Meus blocos apinhados de recados, minhas canastras cheias
e eu nem me importo.
Seres estranhos de Jesus vagueando nas ruas, procurando ouvir os sons de Deus.
O farfalhar das asas de negro veludo, o tilintar dos All Stars de aço.
O que aconteceu com as estrelas?
A Via Láctea tombou?
Não... A lente de meu telescópio quebrou e agora só vejo os cacos de um espelho de alegrias cravejando a imensidão inigualável do que foram minhas tristezas. 
As flores da ávore dos sonhos têm cheiro de Uníssono e Princípio.
Suas raízes salientam-se pela calçada da mesmice.
Saquearei as perfumarias dos mais nostálgicos aromas e despejarei o líquido para lavar minhas escadarias... 
Tão longe,
Tão perto.
Veja a luz transpaçar a abóbadas e encher meu saguão de luz.
Sorrisos bonitos, rostos alegres,
Girando para sempre.
Para sempre na casa do meu ser.

Um último conselho antes que aprendam: Esqueçam tudo o que sabiam... Comecem por sonhar.
Ao som de "Aurora", Maria Gadu e Dani Black.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Vigésima Primavera

O lindo presente da singular Grace ^^

Enfim o dia chegou^^. Para mim, com certeza o primeiro dia mais esperado do ano! E eu não poderia ter me sentido melhor, ter visto tantas pessoas queridas  juntas e estar tão eufórico que nem consegui me expressar direito no discurso de praxe...  Mas o que senti ali foi toda a amizade, todo o amor, toda a fraternidade pairando com grande intensidade. Naquele momento o Universo curvou-se e então todas as estrelas nos olharam, saudando-nos com chuvas de bênçãos e pétalas de alegrias!

O que tenho a dizer é que mais alegre eu não poderia estar, porque enfim...

Hoje é meu aniversário ,corpo cheio de esperança, uma eterna criança, meu bem!
Hoje é meu aniversário e quero só noticia boa, também daquela pessoa, oba!
 
Hoje eu escolhi passar o dia cantando. De hoje em diante eu JURO felicidade a mim na saúde, juventude, na velhice... Vou pelos caminhos brandos!

A minha proposta é boa, eu sei! De hoje em diante tudo se descomplicará com um nariz de palhaço rirei de tudo que me fazia chorar... Cercado de bons amigos me protegerei: 
Numa mão bombons e sonhos...

Na outra abraços e parabéns!

Quero paparicações no meu dia, por favor! Brigadeiros, mantras, músicas e
gente vibrando a favor!

Vamos planejar um belo futuro pra logo mais, dançar a noite toda
Fela Kuti, Benjor e Clara!!


Ao som de "Meu Aniversário", Vanessa da Mata.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sobre as vésperas



Sabe aqueles dias em que você se sente flutuando? Aqueles dias em que você caminha acima de todas as frustrações e acima de tudo aquilo que tenta te pôr pra baixo? ... Esse é um deles! Não sei, acordei tão disposto e já sentindo cheiros e aromas que traziam tantas coisas novas e gostosas que a única sensação que consigo equiparar a isso é a de liberdade.
Exatamente, meus pensamentos estão fluindo com riqueza, me sinto forte o bastante para inflar meus pulmões e sentir o frio de hoje dançar em meu peito. Ah, e o tempo... Não sei, mas parece que tudo está conspirando para um bem maior hoje. Esse azul cobalto no qual o céu mergulhou me deixou tão feliz quanto vê-lo chover hoje.
Eu me lembrei que ano passado foi o meu primeiro aniversário ensolarado. E eu fiquei feliz até, mas depois fiquei meio murcho porque a minha amiga chuva não veio me fazer sua visita. Sem falar que este será o meu primeiro aniversário depois do coma... E tudo parece ser tão novo e risonho^^. Isso me alegra tanto que tenho vontade fazer coisas simples, como correr descalço na grama e girar com os braços erguidos até cair tonto. É como se nesse momento o universo estivesse fluindo por mim.
E quando o entardecer me olhou com olhos chuvosos eu me senti tão revigorado que cantei baixinho, enquanto sentia uma verdadeira Via Láctea pulsar dentro do meu peito. E espero que essa alegria continue por todo esse 2011, mas que em especial amanhã ela flua totalmente de mim, assim poderei compartilha-la e enfim mostrá-la ao mundo, que é o que quero. 
Dentro de algumas horas estarei em fusão com o Universo e depois que formos só um, voltarei a ficar mais sereno, mais risonho e mais noturno... Como sempre o fui. 


Estou MUITO FELIZ por estar vivo. Simples assim.


Ao som de "Onde Ir", Vanessa da Mata.