Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio.
Silêncio. Silêncio. Silêncio. Sim-lêncio.
Silêncio... Era só isso o que eu
ouvia. Meu silêncio era tão forte, tão grande, que criara vida. Ele estava ali
de uma forma tão palpável a ponto de cobrir tudo. Céu, cidade e horizonte.
Estava grudado em cada móvel, em cada átomo. E eu o perguntei: “Silêncio, eu
estou de volta? Estou vivo?” e ele respondeu: “Sim...”, mas completou com dúbia
voz: “... lêncio”.
Até
então eu não havia tomado conhecimento de tudo o que eu tinha passado até ali. Meus
movimentos voltavam bem de mansinho aos seus devidos lugares, meus pensamentos
mais pareciam um novelo embaraçado e eu só falava para dentro. Ali, naquela
maca, coberto com lençóis ásperos com cheiro de sabão de coco. Apesar de tudo,
meu cérebro voltava a sua frenética atividade e eu recomeçava a tecer meu
relicário. E então eu pude enxergar muitas pessoas importantes, muitos rostos
pairando e fiquei absurdamente feliz naquele momento por todos estarem ali
comigo. Todos. Os de longe, os de perto, os deste mundo e de outros. Todos
seguravam sorrisos flamejantes e grudavam em minha face a medida que se iam.
Ali me senti fortalecido, encantado até, e muito, muito lisonjeado.
Sim,
eu NÃO estava sozinho.
Foi
então que lembrei que minhas pálpebras ainda podiam se abrir, que não eram
meros enfeites. Só estavam um pouco pesadas e grudadas por uma espécie de
resina operatória. Mas a questão fatídica é que ela fedia a cera de ouvido.
Certifiquei-me de que meus dedos se mexiam e então levantei minha mão e tirei o
excesso da tal resina. Textura e cheiro realmente idênticos a cera de ouvido,
mas a cor não era, se é que isso serve como algum conforto.
Tudo
estava tão claro.
Nítido,
definido.
A
luz forte no alto era ofuscante e me impelia a fechar novamente os olhos.
Eu
estava sozinho no quarto, exceto pela pessoa cansada sentada ao meu lado. Não
falava nada corporeamente, mas suas palavras enchiam minha mente. Como era
seguro aquele homem e me dava uma sensação de paz revigorante. Perto dele eu
não sentia dor.
Mas
então ele decidiu usar a boca e perguntou-me com palavras jubilosas:
-
Como foi a cirurgia?
-
Graças a Deus, tudo bem! – respondi com voz rouca.
Ele
deu um sorriso torto, mas naquele instante a enfermeira irrompeu pela porta. Analisou-me
e enfim, disse:
-
Bom dia, Saymon! Como você está?
Respondi
que estava bem, mas reclamei da dor aguda em minha garganta e no meu peito. Era
como se eu tivesse dormido com uma pedra sobre o meu peito durante dois dias. E
então ela me perguntou:
-
É... Saymon, você sabe onde está?
-
No centro cirúrgico, não é?
-
Não Saymon, você está na UTI.
“UTI?
Última Tentativa do Individuo?”. Fiz aquela terrível piada mentalmente e cheio
de incredulidade, ao mesmo tempo em que me preocupava com a situação de minha
mãe.
Eu
fiquei apático. Entrei no centro cirúrgico para fazer uma cirurgia simples,
adenoide, 45 minutos no máximo. Eu sairia consciente, mas não! Comigo tinha de
ser diferente. Tive complicações e já estava há 18 horas na UTI.
-
Como assim? – perguntei ainda incrédulo.
-
Bom Saymon – começou a enfermeira – não vou te deixar sem explicações. O fato é
que seu organismo não reagiu bem a anestesia geral e quando você começou a
voltar a si sua pressão baixou absurdamente rápido. Isso causou uma complicação
séria no fluxo de ar, o que encheu seus pulmões de líquido. No ato, tivemos que
entubá-lo e esperamos. Mas você forçava muito para respirar e sua pressão
continuava caindo. Foi então que começou o processo de coma e não tivemos
escolha. Levamos você para a UTI.
-
Tudo isso? Mas, e a minha mãe?
-
Fica tranquilo, ela já foi avisada e já veio te ver, mas você estava
inconsciente. Infelizmente nem ela pode entrar.
-
Que horas são?
-
Oito da manhã.
Só
naquele momento que eu pude perceber o relógio antigo pendurado na parede bem a
minha frente. Era tosco e irritante. Apesar das primeiras horas da manhã o sol
já era forte, mas sua luz era roxa ali dentro por conta do adesivo escuro nas
janelas diminutas.
-
Eu tenho uma última pergunta... Quem era aquele médico que estava aqui no
quarto comigo?
-
Olha, havia uma equipe de seis médicos.
-
Não, não pergunto na hora da cirurgia, pergunto agora a pouco, umas sete e
meia.
-
Bom, não havia ninguém aqui, só você, Saymon. Mas, fica tranquilo, descansa que
já, já passa o efeito da anestesia por completo.
De
fato, eu estava bastante cansado. Depois daquela breve conversa eu comecei a
analisar os grãos de poeira e minúsculos fiapos de pano que flutuavam num lento
balé. Giravam como pequenos planetas, movendo-se em torno uns dos outros numa
dança celeste.
A
poeira era tão linda que inalei, chocado; o ar assoviou por minha garganta,
fazendo rodopiar os grãos de pó. A ação parecia errada. A ação ERA errada.
Naquele momento minha traqueia gritou de dor e meu peito resfolegou. Meus
pulmões não esperavam por aquilo e reclamaram com o súbito influxo. Mas não era
só a dor que incomodava, a sede era absurda. Arranhava minha garganta e enchia
meus olhos de lágrimas. Eu estava há quase nove horas sem água.
Acalmei-me
e esperei. Alguns minutos depois a enfermeira trouxe-me uma maçã, um copo
generoso de suco de cajá e alguns biscoitos. Ignorei os itens sólidos e bebi
todo o suco em poucos goles. Como era bom ter algo líquido para apaziguar os
sentidos! Em seguida comi a maçã e os biscoitos bem devagar, para não machucar.
Terminei
minha refeição matinal com custo, mas agora eu queria muito descansar. Era bom
estar vivo de novo. Ali eu prometi nunca mais morrer e em seguida caí em sono
profundo, mas calmo.
Acordei
duas horas depois, bem mais calmo e cuidadoso para não fazer movimentos
bruscos. Novamente a enfermeira veio e dessa vez trazendo roupas. Sim, eu
estava totalmente nu embaixo dos lençóis. Achei extremamente desnecessário e
constrangedor, mas enfim, eles sabem o que fazem.
-
Aqui Saymon, se vista, pois voltaremos à ala C, no seu quarto. Sua mãe e suas
tias o estão esperando. Tome...
“Que
horror!” pensei “Isso é um saco!”.
Bom,
a roupa era uma negação, cabiam três Saymon’s
dentro dela e tinha aquele cheiro irritante de sabão de coco. Mas enfim,
definitivamente era melhor do que sair ainda nu de lá. Vesti-me em silêncio
enquanto a enfermeira saía para ir buscar algo. Eu não sabia do que se tratava.
Minutos
depois ela voltou empurrando uma cadeira de rodas. “Agora sim minha mãe se
desmancha”, pensei eu. Com certeza seria mais aterrorizante ainda para ela me
ver de cadeira de rodas! Mas infelizmente eu ainda não conseguia andar. E cedi
sem delongas. Sentei-me na cadeira e quando comecei a ser empurrado para fora
da UTI, fui me despedindo de todos e prestando muita atenção nos detalhes.
Vi
muitos aparelhos, paineis estranhos que mais pareciam a cabine de um avião. Vi
um velhinho que delirava e pedia água a cada vinte segundos. Vi uma mãe que
chorava de preocupação e naquela hora meu coração doeu. Queria sair dali logo.
À
medida que nos aproximávamos da saída o meu coração pulsava cada vez mais
forte. Testei mais uma vez, mas agora com delicadeza, a minha capacidade de
respirar. Apesar do nariz muito cheio de gases, eu captava alguma coisa.
Já
podia saborear o corredor a minha volta. Saborear os adoráveis grãos de poeira,
a mistura do ar estagnado com o fluxo levemente mais frio que entrava pela
porta aberta. Saborear um luxuriante sopro de seda. Uma leve sugestão de alguma
coisa quente e desejável, algo que deveria ser úmido, mas não era. Esse cheiro
fez minha garganta arder, seca, um eco relativamente ainda forte da entubação,
embora o odor estivesse contaminado pela intensidade do cloro, da amônia e
antibióticos.
Era
emocionante o quanto eu podia perceber os cheiros agora. Continuamos avançando
até parar em frente a porta do quarto 62 na ala C. Ali, na porta, eu podia
sentir o gosto de um cheiro parecido com mel, lilás e sol, que era o mais forte
e próximo a mim.
“Toc, toc, toc”, três vezes a enfermeira
bateu na porta.
Ouvi
o barulho das passadas no quarto e as pessoas que pararam de respirar por um
breve momento. O ar parou, todas as atenções além da porta voltaram-se para o
que estava atrás das fibras da madeira. Logo ali, vivo de novo e um tanto
confuso. E a porta foi aberta.
Estava
ali minha mãe, minha tia Marta, tia Neli e tia Ezilene. Mas havia no canto do
quarto uma figura muito serena que alterou sua expectativa de forma quase
imperceptível. Daquela distância, na penumbra, eu não conseguia distinguir quem
era.
Todas
se aproximaram de mim, chorando, louvando e me deixando ainda mais confuso.
Então a figura se aproximou e gritei:
-
ALINE!
Abracei-a
com força, até doer minha garganta e meu nariz. Sim, eu sabia o porquê de ela
estar tão mais serena do que o habitual. Aline sempre soube que eu estaria de
volta. Estava ali para se certificar e eu me sentia extremamente gratificado.
Depois
de responder a uma série de perguntas fui para a maca. Estava muito cansado. No
aparador ao lado da cabeceira estava tudo intacto. Meu exemplar de “Crepúsculo”
que terminara de ler a caminho do centro cirúrgico, um frasco do perfume
“Priprioca”, meu preferido; meu MP4 player e meu pijama. Meus olhos se encheram
de lágrimas e um turbilhão de memórias e ponderações veio a mim.
“E
se eu não voltasse?”. Todos estariam agora olhando minhas coisas com pesar, ou
nem estariam conseguindo olhá-las.
“Por
que eu voltei?”
“E
agora? Por onde me nortear?”
Sim,
eu era O assunto em todas as alas. Todos diziam que a minha volta era um
milagre. Afinal, eu tivera três possibilidades de morte diferentes e escapara
das três.
Perguntei
que horas eram e passava um pouco do meio dia. Aos poucos tudo ia se
normalizando. Tia Marta tinha seus afazeres, tia Ezilene precisava ver seus
filhos, tia Neli precisava se preparar para uma cirurgia que faria dali a cinco
dias. Aline também tinha seus afazeres, mas foi prometendo voltar.
Ficamos
só eu e minha mãe. Eu queria muito tomar um banho e já tinha a convicção de
fazê-lo sozinho. Pedi minha toalha e me dirigi para o banheiro. Lá eu me despi
lentamente, usando apenas o braço esquerdo, pois o direito ainda mantinha o
soro preso a veia.
Estava
apertado e então, urinei.
DROGA,
DROGA, DROGA!
Doeu
e ardeu muito, pois ainda na UTI havia uma sonda em meu canal uretral. Mas
acredite: aquilo não foi o pior para mim. O pior foi descobrir o quanto xixi
fede. E ainda mais misturado com antibiótico! Que horror!
Tomei
banho, passei bastante sabonete no rosto para retirar os resquícios da
desagradável resina. Lavei o cabelo que estava áspero e suado. Pronto, agora
estava vestido com meu pijama que não era mais bonito que a roupa hospitalar,
mas pelo menos era algo justo ao meu corpo.
Abri
a porta do banheiro e fui andando lentamente para a maca. Minha mãe me ofereceu
ajuda, mas eu recusei. Eu já havia dado trabalho demais.
Naquele
mesmo instante a enfermeira chegou com dois potes de sorvete. Aleluia! A melhor
parte! Napolitano, é bom lembrar. Sentei-me na maca e me deliciei. Coisas
geladas amainavam o ardor da minha garganta.
Depois,
dormi um pouco, acordei, Aline chegou e conversamos a tarde inteira. No decorrer
do dia alguns parentes próximos vieram me visitar, mas as oito da noite acabou
o horário de visitas. Tomei mais um banho, mais sorvete, no jantar uma sopa
horrível e fedorenta. Assisti um pouco e quando já não aguentava mais de tédio,
decidi dar uma volta pelos corredores.
Tudo
estava extremamente silencioso, os sons da avenida logo ao lado do hospital não
penetravam as janelas. Senti-me como se estivesse preso em uma bolha, num
invólucro de puro alívio e incerteza. Ainda procurava um sentido para tudo
aquilo. Voltei ao quarto, deitei-me e caí em sono profundo e conturbado. Sonhei
com vampiros, correria, anjos, luzes e pessoas estranhas. Às duas da manhã fui
acordado para fazer limpeza nasal. Era ruim ter soro em seu nariz e lutar para
não engolir a mistura ensanguentada.
Dali
para frente faria a limpeza seis vezes ao dia por seis dias. Demorou um pouco
para que eu conseguisse dormir novamente, mas consegui, e dessa vez sem sonhos
perturbadores. Acordei as 7:30 para mais uma limpeza. Tomei café, depois um bom
banho e me vesti com roupas normais para esperar minha alta.
As
nove horas, mais uma surpresa: entram no quarto minha amiga Larissa e minha
irmã Samara. Nem preciso descrever o chilique que minha escandalosa irmã
fez. Larissa virou-se e me disse, em tom brincalhão:
-
Filhote, como é que você me dá um susto desses?
Apenas
sorri e contei tudo o que havia acontecido. Bastante tempo depois enfim eu
estava diante da médica, Doutora Fabrícia. Então ela se aproximou, afagou meus
cabelos e disse:
-
Eu sabia que um dia, Saymon, você teria que revelar sua condição vampira. Nada
de sol por um bom tempo, mocinho.
E eu disse:
- Que ótimo!
Não gosto de sol mesmo!
Mas naquele
momento eu percebi o quanto eu queria os raios de sol me esquentando,
acariciando minha pele, brincando em meus cabelos e prendendo-se em meus longos
cílios. Eu queria vê-lo de novo.
Preparamos
tudo, me despedi da equipe médica, amigos que ali trabalhavam e desci
lentamente a escadaria, cuidando para não passar pelos focos de luz. Era mais
uma brincadeira do que ser cuidadoso. Mas na escada eu me deparei com um
quadro. Era uma equipe médica operando um paciente e atrás deles estava Jesus
supervisionando a cirurgia. Abri um largo sorriso e louvei em silêncio.
À medida que
nos aproximávamos da saída do hospital, já no saguão de entrada, eu sentia
novamente o cheiro que lembrava mel, lilás e sol, trazendo novos sabores.
Canela, jacinto, maçã, água do mar, pão no forno, pinho, baunilha, priprioca,
musgo, lavanda, rosas, chocolate... Fiz uma dezena de comparações em minha
mente, mas nenhuma se encaixava com exatidão. Muito doce e agradável.
Então, aquele era o cheiro que
tinha a vida? Aquele era o cheiro da felicidade? Bom, eu realmente não sabia.
Dei uma olhada nas paredes tristes e nos vidros fumês: nada agradável.
Lá fora um
táxi me esperava (na sombra, é bom lembrar) e quando saí, uma rajada de vento
levantou-se , e o calor da manhã me envolveu.
Vinte e dois de maio de dois mil ‘inove’ era o meu
novo aniversário. Eu nascera de novo. Por algum motivo, escapei de três
maneiras de morrer de uma só vez. A Morte deveria estar furiosa comigo. Mas eu
nem me importava. Mas... Por que eu? Qual o motivo disso tudo?... Eu realmente
não sei. Só sei que a partir dali tudo seria diferente. Afinal: 'No tear que
tece as nossas vidas não há fios com pontas soltas. Todos estão entremeados
entre si e revestidos de significado (Yuko Ichihara)'.
Originalmente escrito em: 10/09/2009, ás: 14h49min
Um sorriso grogue para celebrar o recém (re)nascimento :) |
Essa foto completa exatos três anos hoje. E se vocês
repararem perceberão que minha cavidade nasal direita está um pouco machucada. Sim,
esta é a foto que tirei assim que cheguei em casa, do hospital, depois de ter
ficado em coma.
Sinceramente ainda fico sem palavras para descrever o que
sinto nesta data, para descrever tudo o que ela significa para mim. O fato
certo é que este é um momento que representa o quanto posso contemplar toda a
beleza da vida, sentindo toda uma Via Láctea de sentimentos dentro do meu
peito... Pulsando e irradiando a vida com a qual eu tanto me importo agora.
Três anos se passaram e enfim, tanta coisa mudou, tanta coisa está diferente. Mas sinto, neste momento, que estou me direcionando para as coisas certas. Sinto uma satisfação tremenda, mas óbvio, sempre disposto a mudar e enfim, ir sempre em frente.
Obrigado a todos vocês que fazem parte da minha nova vida e dos meus novos dias.
Beijos e abraços!
Ao som de "I Remember", Damien Rice.
4 pessoas se inspiraram:
eu nem sei o que dizer sobre o quanto eu fico feliz por você ter sobrevivido.
nem sei mesmo.
woani.
Sim, me emocionei com a história, de novo. Passar por isso não deve ser fácil. Trocar planos, apagar a agenda para acolher novos compromissos, ver o passado. Você, Saymon, é forte! Sempre vi isso em você. "Por que eu tive mais uma chance?", para estar aqui, agora, fazendo a diferença na vida das pessoas :D, porque Ele, mais que todos, sabe que você é capaz. Ownt *-*, fico tão feliz por essa chance!
Como da primeira vez que você leu esse texto direto da sua agenda, enquanto ficávamos sentados na beira da piscina aqui da minha casa, eu consegui sentir cada palavra que vc escreveu como se eu estivesse lá... me arrepiei, me emocionei... enfim. Vc tem o dom da palavra e usou pra descrever de forma muito bela o seu novo "nascimento".
Que bom que você está de volta! Nada acontece por acaso, e com certeza vc tirou muitas lições disso tudo...
Ps. agora que comecei a ter aulas em um hospital, eu confirmei que realmente quero trabalhar em um, re-ler o seu texto, a sua experiência, me fez confirmar ainda mais essa vontade! Eu quero ser a pessoa que encaminha o suco de cajá pro paciente que acabou de nascer de novo! ;)
Por isso achei que o texto estava diferente, foi escrito há três anos! rs' Como a gente muda, né?
Puxa vida, Saymon, isso é que é nascer de novo. Acho que nada nessa vida é por acaso e que se você está aqui hoje é porque merece e porque ainda tem algo a fazer. E não sou apenas eu quem acha isso, Ele também (: (ou Ela, enfim, nós nunca saberemos) .
A vida é algo tão frágil, não é mesmo? E ainda por cima, é apenas uma. Aí estão motivos mais que suficientes para que façamos dela o melhor que pudermos.
E pensar que talvez eu jamais o houvesse conhecido.. Santo Deus, como agradeço por você estar aqui!
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