Porque enfim, parece que ao invés de as coisas se tornarem cada vez mais fáceis, elas se tornam bem mais complicadas e aos poucos merecem ser esquecidas, porque pra quem não tem muita paciência essa é a melhor tática.
Esquecer.
Bom seria se essa palavra fosse algo que me soasse familiar... Nunca foi, porque simplesmente não consigo fazer muitas coisas quando a ordem natural é: deixar pra lá - esquecer - deletar.
Meu novembro foi simplesmente uma correria total. Fim de período na faculdade, trabalho e curso mesclado. Foi a morte, praticamente. Mas não foi só correria. Foi nostalgia, foi constatação, foi medo, foi melhorias, foi retrocessos, foi evoluções, foi e não foi. O que eu realmente queria era dizer que foi um doce novembro, daqueles de filme mesmo, sabe?
Mas já é patológico: quando se observa por muito tempo algo que nem se costumava perceber não demora muito e uma concepção totalmente diferente é formada. Seja acerca de um sentimento, de uma coisa, mas PRINCIPALMENTE de uma pessoa. Você já ouviu dizer que as coisas só são boas se não forem vistas de perto?
Então, é mais ou menos isso. É um pouco como constatar certas coisas que você não aceita e assim mudar conceitos tão rapidamente quanto piscar os olhos. Num segundo ERA. No outro NÃO ERA. E aí se pergunta...
Vai ser?
Não, não vai ser. Nem precisa ir muito longe pra saber. Não precisa MESMO. E dá-se pitis, faniquitos e aparecem caras feias, birras, bater de pés, braços fortemente cruzados em birras contra a vida. Mas quem disse que faniquito não cura? Quem disse que açúcar e afeto não podem curar? É, na verdade nem curam, mas ajudam!
Os faniquitos são só as indiferenças. Açúcar e afeto são os amigos. E quando se fala de afeto, quando se fala de amigos, quando se menciona as indiferenças é indispensável lembrar do passado, dos mesmos questionamentos, da mesma falta de sorte, dos mesmos tropeços e caras quebradas.
Novembro foi novembro. Quebrei asas, quebrei dogmas, mandei pastar, quis matar, quis xingar. Agora é o meu dezembro que já vai indo também. Calei, sarei, voei. E pra bem longe...
Ao som de "Vá", Vanessa da Mata.
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E que muitos "Novembros" se repitam ou melhor, não se repitam nas ações, mas sim na sua intensidade. Pois, vida é isso. Quando isso acaba é melhor fechar os olhos e sonhar. Porque não vale mais a pena olhar.
Parabéns meu amigo. Como sempre, fazendo reflexões perfeitas.
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